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terça-feira, 29 de março de 2011

CHECK LIST PARA O MAIOR SHOW DO ANO - U2 2011


Esta é a terceira visita do U2 ao país, e tenho certeza de que o show será melhor que os anteriores, pois o U2 sempre supera a si mesmo a cada exibição. O show acontecerá no estádio do Morumbi, em São Paulo, no dia 9 de abril e será aberto pela banda britânica Muse. A principal dica é: Se você não for de São Paulo, compre os seus ingressos antecipadamente, pela internet se possível e venha voando pra capital paulista, porque o “bicho vai pegar!” O palco gira 360º durante toda a apresentação. Não é demais? Vai perder essa?
E agora as minhas dicas para aguentar essa maratona: Abaixo vão algumas dicas para você curtir  a sua banda favorita e ter uma lembrança para levar para a eternidade:
- Compre seu ingresso antecipadamente de preferência no primeiro dia de abertura da venda. Se você mora em outro estado, veja a opção de comprar pela internet.
- não se apavore! Não precisa chegar uma semana antes pra pegar um bom lugar, descanse e se alimente bem antes da véspera do show para você ter energia.
- NUNCA se esqueça de levar uma capa de chuva, pois mesmo se não chover ela serve como blusa se caso esfriar.
- para as meninas: NÃO CARREGUEM BOLSAS ENORMES! Além de ser uma pertubação na hora de passar na vistoria não ajuda em nada quando toca aquela música aonde todo mundo pula junto.
- para chegar o mais próximo possível do palco NUNCA atravesse pelo meio, nunca dá certo. Sempre vá pelas laterais e aos poucos vá se infiltrando conforme o pessoal for pulando.
- sempre marque um ponto de encontro com seu grupo logo ao chegar no lugar do show. Caso alguém se perca já sabe o local combinado.
- se possível leve uma barra de cereal dentro do bolso da calça porque após o show a fome é grande.
Todas as dicas já foram testadas e comprovadas pessoalmente por mim,  e é claro que eu vou estar lá para ver esse show. UM BOM SHOW! UM “BONO” SHOW! BOM, BOM DEMAIS!...

Resgatando Valores Esquecidos


Quando o tempo passa e todos nós envelhecemos, esquecemos que os nossos artistas favoritos também envelhecem e muitos deles nem tem onde morar, já que não podem mais atuar. Gente que fez história no rádio, na TV, no cinema, no teatro e inclusive nos circos mambembes.Um lugar agradável, recheado de cultura e beleza, um museu vivo de nossa historia de radio, tv, cinema e circo mambembes.Um dia no Retiro faz com que qualquer pessoa saia de lá com a alma elevada: o Retiro dos Artistas (Rua Retiro dos Artistas, 571 – Jacarepaguá – Rio de Janeiro). Vá voando visitar esse lugar. 

sábado, 26 de março de 2011

Madrugada em Claro - Efeitos Colaterais da Quimioterapia

Quando os magos visitaram o menino Jesus, ofereceram a ele incenso, ouro e mirra. Incenso porque ele tinha a “essência” de Deus, ouro porque ele era rei, e mirra porque ele era homem mortal. Voltando para casa depois de uma das 33 sessões de radioterapia a que fui submetido,  numa das travessas da Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, na capital paulista, em meio aos canteiros de flores pude observar um pé de mirra. Estranhei o fato daquela erva vir a nascer ali, pois não fazia parte do grupo das plantas daquele canteiro. Arranquei uma das folhas e levei próximo ao nariz para poder sentir o cheiro, para poder ter certeza de não estar confundindo a planta que eu vira naquele canteiro. Era mirra mesmo. Seria capaz de reconhecer as suas folhas a metros de distância, mesmo sem sentir o seu forte odor. Os egípcios empregavam a mirra no culto ao deus Sol, usada como ingrediente na mumificação, uma vez que suas qualidades embalsamadoras já eram conhecidas. Até o século XV, era usada como incenso em funerais e cremações. É também utilizada em algumas celebrações religiosas como a missa. A sua fragrância também pode ser utilizada em incensos para dar um leve aroma de terra ou como aditivo para o vinho. Peguei um galho da planta e coloquei numa garrafa de água mineral que carregava na mochila. Abri a parte de cima da garrafa de plástico com uma tesourinha chinesa (aquelas pequenininhas que dobram e) que eu sempre tenho comigo no meu chaveiro, para não abafá-la, e depois de acondicionar tudo numa sacolinha de supermercado decidi trazê-la na mão dentro do metrô. Nem me preocupei se o cheiro forte do galho recém cortado iria incomodar as pessoas ao meu redor durante o meu trajeto num transporte público.
        Na primeira noite do dia em que eu faço a quimioterapia, tenho dificuldades para dormir. Sinto insônia... Nas poucas vezes em que eu pego no sono, são minutos rápidos de cochilo. Desperto logo em seguida sem conseguir dormir novamente. Durante o tratamento não tive vômitos, mas passei a última semana toda com o estômago embrulhado. Uma diarréia estranha, seca, meio que pastosa... De ontem para hoje fui umas cinqüenta vezes ao banheiro, e não sai muita coisa. Também por causa do mal estar do estômago pouco tenho me alimentado. Percebi que sorvete e Coca-cola aliviam o mal estar. Um calor me invade o corpo e passeia pela pele. Um calor estranho que vem e vai em ciclos e picos de elevação repentina. Não tem ventilador e nem hidratante capazes de resolver a situação. Pelo menos amenizam na hora. Não posso tomar sol.
        A radioterapia causou em mim uma cistite aguda, o que me faz sentir fortes dores na hora de urinar. Meu médico me disse que com o tempo isso passa, mas por enquanto ainda me incomoda muito. Solicitei à minha oncologista um exame de urina I e um exame de urocultura. Não há infecção. Menos mal.
        Nesta semana terminei as oito sessões de quimioterapia e as trinta e três de radioterapia. Retorno à minha médica daqui há dez dias. Imagino que ela agora vai me encaminhar para o urologista, e esse por sua vez deve me solicitar novos exames. Como ela mesma frisou, o meu tratamento é um tratamento “multidisciplinar”, isto é, acompanhado por vários especialistas.
          Chegando em casa, plantei a mirra num vaso e a coloquei no peitoril da janela da cozinha. Ela secou. Pareceu morrer. Mas agora já posso ver vários brotos renascendo, lutando pela vida. E eu acredito que ela vai se encher de folhas verdinhas, não como prenúncio de morte, mas como novidade de vida. É é a essa esperança que eu me agarro sempre.