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domingo, 31 de janeiro de 2010

Terug Naar de Kust


Terug Naar de Kust

Gerard Joling

Ik weet niet wat 't is
Maar er is iets mis
Hoe zou dat komen

Liefst loop ik alleen
Niemand om me heen
In mezelf te dromen

'k Wil terug naar de kust
Heel ongerust zoek ik de weg naar de kust
Bijna niet bewust van de dreiging
Dat daar m'n jeugd voorbij ging

Voel me hier niet goed
Waar ik wonen moet
Tussen al die mensen

Laat me nu maar gaan
Achter de meeuwen aan
En mijn vage wensen

'k Wil terug naar de kust
Heel ongerust zoek ik de weg naar de kust
Bijna niet bewust van de dreiging
Dat daar mijn jeugd voorbij ging

Oh hoe kom ik hier vandaan
Was ik maar niet weggegaan
'k Hoor branding in m'n hoofd
Had ik eerder maar geloofd
Wat die sterveling voorspelt
Dat geluk verdwijnt voor geld
Mist en regen westenwind
Zeg mij of ik 't ooit weer vind

'k Wil terug naar de kust
Heel ongerust zoek ik de weg naar de kust
Bijna niet bewust van de dreiging
Dat daar mijn jeugd voorbij ging

Oh hoe kom ik hier vandaan
Was ik maar niet weggegaan
'k Hoor de branding in m'n hoofd
Had ik eerder maar geloofd
Wat die stem toen heeft voorspeld
Dat geluk verdwijnt voor geld
Mist en regen westenwind
Zeg mij of ik 't ooit weer vind

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Encantos e Desencantos



A cidade ficou apagada, suas ruas molhadas depois da chuva... E agora não resta mais nada do que eu já fui... Como um velho sentado na rua pedindo: "-Uma ajuda irmão!" E o menino imitando o que viu na televisão. E nos bares, os males... os cálices comemorando vitórias.

E o ano de 2009 passou... Passou pelos planos não realizados... Pelas promessas não cumpridas. Pelo descaso das pessoas que pensamos amar. Pelos amigos que nos esconderam a mão. Pelo sonho roubado de uma noite mal dormida que prometia ser mágica e que não passou de um pesadelo.

E eu estranhei a mim mesmo. Eu me desconheci em meus caminhos. E fiz coisas que surpreenderam a mim próprio, como se eu fosse um outro... E me aborreci com a rotina desses dias tão iguais observando a dança infinita dos ponteiros do relógio. Frações de segundo tornaram-se fragmentos de eternidade. Eu me perdi e não me achei. Dormi e não sonhei. E adentrei um ano novo cheio de velhos hábitos como se não fosse novo. Como se fosse o vento a varrer lembranças esquecidas numa caixa de sapatos, junto com fotografias e cartões que jamais tornamos a ler.

E o diário do dia a dia nunca mais foi retomado e escrito. Vaguei por lugares estranhos e desconhecidos sem carregar a imagem de mim mesmo porque o espelho que eu tinha foi quebrado. Os estilhaços me convenceram de que certas situações na vida são irrevogáveis e irreversíveis... E de que não adianta nada chorar, porque o choro na verdade sufoca ao invés de aliviar a dor.

Mas o novo ano nasceu como um menino que procura aprender aquilo que ainda não sabe. Analfabeto dos desejos proibidos, que ninguém leu e nem mesmo ousou escrever porque tinha gosto e cheiro de pecado.

A aranha continua tecendo a sua teia, na esperança de capturar uma presa que a possa alimentar. A vida dela depende da morte de um outro ser, tão significante quanto ela. Na sobrevivência não há remorso.

"Eu penso, logo eu existo."

Vejo e não consigo observar.

Falo e ninguém me escuta.

Canto e ninguém me ouve.

Então me aquieto no meu canto, no meu canto que é triste e ao mesmo tempo hilário. A comédia humana não tem nada de divina diria Dante Aliguieri nos dias de hoje.

A história se repete dia após dia, e nem sequer damos atenção a ela.

A vida.
Só ela tem valor.
O resto é apenas resto.