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terça-feira, 20 de maio de 2008

O pesadelo parece estar de volta

Tudo o que eu queria era não estar sozinho nessa hora. Acabei de vir de um exame que fiz aqui mesmo em minha cidade, uma ultrasonografia... Primeiro eu pedi ao médico que fez o exame, que não me dissesse nada a respeito da minha situação enquanto ele estivesse olhando para o monitor. Ele me falou que se fosse ele, não conseguiria ficar sem saber. Respondi que preferia esperar pelos resultados, não queria sofrer por antecipação. Mas num determinado momento olhei para a telinha, e aquilo que eu já sabia apenas se confirmou. Às vezes a gente não quer acreditar naquilo que é óbvio, e tenta se enganar acreditando que as coisas estão bem. É próprio do ser humano. Mas eu vi. O tumor estava lá. De volta. Novo baque. Uma nova bordoada. Saí devagar, sentei-me na mureta do lado de fora da clínica e chorei. O manobrista veio conversar comigo, me ofereceu um café. Apesar de estar em jejum desde ontem a última coisa que eu queria naquele momento era um café.

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